Não vi a actuação dos Homens da Luta no Festival Eurovisão da Canção. Nem a actuação dos outros dezoito países que participaram nesta fase. A única coisa que vi/ouvi foi aquela espécie de "resumo" das actuações.
E, com base nos breves segundos que vi de cada país, só posso dizer que os Homens da Luta foram, sem dúvida, diferentes de tudo o que passou por aquele palco.
No meio de tanto glamour - senhoras muito bem maquilhadas, penteadas e vestidas, (alguns) senhores charmosos e elegantes, exímios bailarinos - aparecem dois homens, acompanhados de quatro companheiros, que não encaixam nesses padrões: não são excelentes cantores, não dançam, não são lindos, não têm cabelos pantene. Parecem ter saído de uma revolução dos anos 70: envergam uns trapinhos e empunham uns cartazes, enquanto cantam num ritmo bem animado.
"Aquilo em Portugal está assim tão mal para enviarem estes senhores para aqui?", deve ter sido a pergunta que pairou sobre a consciência público e telespectadores (confusos) que não conhecem estes senhores reacionários.
No meio de mais do mesmo, aparecem estes homens que, quer tenham sido levados a sério quer não, entretêm, de alguma forma, quem os viu/ouviu. Mesmo que não tenham percebido patavina do que cantaram e o que representam, de certeza que abanaram o pézinho ao som da música.
Vamos lá ver se eles conseguem passar à próxima fase. Gostava de ver algo diferente na final. Só para variar.
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