quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cuidado na estrada!

Já todos sabem que grande parte dos portugueses sofre de uma espécie de síndrome da má condução. O sono, o excesso de velocidade e o alcoól são apenas algumas das principais causas dos acidentes de viação em Portugal.


Há poucos dias, terminou a operação Páscoa. Esta operação durou quatro dias. Infelizmente, o número de mortos duplicou e registaram-se mais oito feridos graves em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, o número de acidentes diminuiu.


Esta noite, seis emigrantes portugueses morreram num acidente trágico em Bordéus. Três homens, duas mulheres e uma criança de oito anos não resistiram ao embate contra um camião que se encontrava despistado na faixa de rodagem.


Os acidentes sucedem-se e os mortos também.


Quantas campanhas de prevenção serão precisas para começarmos a ser mais cautelosos na estrada? Quantas mais mortes serão contadas por causa de um condutor embriagado ou de uma manobra mal pensada?


Desde que fui estudar para Lisboa ( no início de Setembro de 2010), tenho ainda mais certezas relativamente à falta de civilização e de respeito pela vida - sua e dos outros - de muitos automobilistas. A situação que mais me enche de frustração e, ao mesmo tempo, me diverte é a que irei agora narrar.


Obeservo muitas vezes filas de carros parados perante um sinal vermelho. Assim que este dá lugar ao verde, o primeiro carro da fila é imediatamente assombrado por apitos de todos os que esperam atrás. Tenho a sensação de que esses têm a mão na buzina ainda antes de o sinal abrir e que aguardam ansiosos por poderem tocá-la. Que gente esperta e de bom-senso.


Ninguém espera que o outro finalize uma manobra. Andam todos muito apressados. Muitas vezes me diz a minha avó:


- Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.


Eu até lhe dou razão. Mas a vida agitada da cidade é desculpa para essas faltas de respeito aos outros e ao código da estrada. Andam todos com muita pressa nas suas vidinhas atarefadas e tão importantes.


Se desabafasse tudo o que me vai na alma relativamente a este assunto, este artigo teria proporções pouco adequadas para o local. Portanto, fica este meu desabafo. Sim, porque isto que o leitor aqui lê não passa disso mesmo: um desabafo. Quem me dera que pudesse servir também de um aviso, mas se as campanhas televisivas não resultam, este meu insignificante artigo não passará de um mero desabafo.


Aproveito este tempo de antena para expressar um desejo muito meu: espero que esta geração (dos jovens que agora tiram a carta) sirva de exemplo na estrada. Sinceramente, acredito que nós (rebeldes jovens) somos e seremos condutores mais ajuizados.

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