quinta-feira, 14 de abril de 2011

Titanic, uma das maiores tragédias marítimas da História

Partindo de Southampton, Inglaterra, a 10 de Abril, o destino era… Nova Iorque.


Apesar de ser um nome que dispensa apresentações, Titanic foi o maior e mais luxuoso navio transatlântico de passageiros do mundo. E foi precisamente na noite de 14 de Abril do ano de 1912, durante a sua viagem inaugural, que chocou com um iceberg no Oceano Atlântico, afundando duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada de 15 de Abril.

Os terríveis números hierarquizaram este naufrágio como uma das piores catástrofes de todos os tempos: 3.547 pessoas estavam a bordo, 1.523 morreram.

Em 1910, um folheto publicitário da White Star Line (empresa responsável pela construção do Titanic) alegava que o Titanic fora concebido para ser “inafundável”. Na verdade, provinha de algumas das mais avançadas tecnologias disponíveis da época e a tripulação era das mais experientes da altura, o que contribuiu para um maior choque por parte das massas, tendo em conta a grande perda de vidas humanas.


É uma das mais famosas e comoventes histórias de sempre, facto que se explica pelo frenesim da comunicação social sobre as vítimas famosas que estavam a bordo (escritores, milionários, produtores, actores, empresários, assessores de Governo), as lendas sobre o que aconteceu no navio, as mudanças no Direito marítimo e a descoberta do local do naufrágio em 1985 por uma equipa liderada por Robert Ballard, oceanógrafo e arqueólogo subaquático.

O Titanic superou todos os seus rivais em termos de luxo e de opulência: havia luz eléctrica e aquecimento em todas as cabines, tinha piscina, ginásio, banhos turcos, um campo de squash, uma capela, bibliotecas, cabeleireiros, cafés, painéis de madeira esculpidos, móveis e decorações caríssimos, elevadores eléctricos, varandas, salas, saletas e salões, grandes e oponentes escadarias e tudo o que de melhor se pode imaginar.


Para os mais curiosos, assim que o Titanic abandonou o cais quase chocou com outro navio – o SS New York, ancorado nas proximidades, o que atrasou a partida em meia hora. Atravessou o Canal da Mancha, parou em França e, mais tarde, em Queenstown para receber mais passageiros, e partiu para Nova Iorque.

Para os mais curiosos dos muito curiosos, um jovem de 23 anos saltou para fora do navio ainda em Queenstown alegando que o motivo do abandono era um mau presságio que havia tido. Juntou-se mais tarde à tripulação do Mauretania (navio rival).


Circunstâncias em que se desenrolou o naufrágio

Nessa noite, a temperatura caiu para quase congelamento. Oceano calmo. Céu limpo. A Lua não era visível. Vários avisos de icebergs no caminho recebidos pelo rádio nos dias anteriores. Novo percurso traçado, levando o navio um pouco mais para Sul. Às 23h40 foi avistado um iceberg mesmo em frente ao navio. Sinos de alerta. “Tudo a estibordo!”. A proa do navio começou a deslocar-se do obstáculo 47 segundos após o avistamento do iceberg. Não foi possível evitar a colisão.

A água entrava nos compartimentos da frente. O encerramento de portas à prova de água foi accionado. Quatro compartimentos do navio ficaram logo inundados, fazendo com que a proa do navio ficasse mais pesada e permitindo que mais água inundasse o navio. 20 minutos após a colisão a proa já começava a inclinar. Após uma inspecção feita por oficiais do navio, foi finalmente ordenado que os botes fossem preparados para lançamento ao mar e que os sinais de socorro começassem a ser enviados.

Há pormenores interessantes que merecem ser contados e relembrados, mas o tempo escasseia e os caracteres não mo permitem. É uma história sobejamente conhecida, retratada em livros, filmes e séries. O mais conhecido data de 1997, é de James Cameron e, como sabem, ganhou 11 Óscares da academia.

Dentro dos vários pormenores, teorias e factos, o que mais me perturbou foi o facto de 14 anos antes da trágica viagem, o escritor Morgan Robertson (1861-1915) ter escrito um livro dramático intitulado de O Naufrágio de Titan, que narrava a história de um navio de nome Titan, considerado indestrutível, que, numa noite calma e fria de Abril chocava com um iceberg e afundava.

O mais assombroso é que tanto o número de mortes referido na história, como a capacidade do navio fictício, o mês e a maioria das características técnicas do Titan eram exactamente iguais às do Titanic. No livro de Robertson, o navio também seguia para Nova Iorque, também era uma viagem inaugural, e milhares de pessoas morrem por não haver botes salva-vidas suficientes. Para muitos, não passou de uma estranha e arrepiante coincidência e, para outros, terá sido uma premonição e, consequentemente um aviso deixado por Morgan sobre o desastre.

2 comentários:

  1. O titanic não e o maior navio do mundo o navio Solstício e o navio maior do mundo pois cabe 4.250 pessoas

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  2. Anónimo querido do meu coração, "foi" (pretérito perfeito da terceira pessoa do singular do verbo ser). "Da sua época" (expressão que aponta para o passado). Mal era se não tivesse havido evolução desde há 99 anos a esta parte... :) Jokinhax fofitax!

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